quarta-feira, 25 de setembro de 2013

 importância

   
             
 

A importância
do brincar
infantil
A brincadeira para a criança não representa o mesmo que o jogo e o divertimento para o adulto, recreação, ocupação do tempo livre, afastamento da realidade. Brincar não é ficar sem fazer nada, como pensam alguns adultos. O brincar das crianças "é feito de um fazer com o corpo, principalmente com seu movimento e com seu prazer." Gomes(1993).
 
 

 
A importância do brincar, o lúdico e a fantasia do faz de conta, são de extrema importância na infância, brincar transmiti a forma como a criança atrela e assimila o mundo, os objetos, a cultura, as relações e os sentimentos das pessoas. Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. É através da brincadeira que a criança recria e interpreta o mundo em que vive e se relaciona com este mundo.
         Para Piaget (1971), quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui.
O brincar é realmente uma das coisas mais importantes na construção da criança.
não uma simples recreação ou passatempo, mas a forma mais completa que a criança tem de se comunicar consigo mesma e com o mundo. É na magia do brinquedo que ela desenvolve a autoestima, a imaginação, a confiança, o controle, a criatividade, a cooperação, o relacionamento interpessoal.
         De acordo com Vygotsky, o brincar tem sua origem na situação imaginária criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser realizados, com a função de reduzir a tensão e, ao mesmo tempo, para construir uma maneira de acomodação a conflitos e frustrações da vida real.

          É primordial que a criança brinque, para expressar seus desenvolvimentos, seus desejos, suas experiências, pois no mundo do faz de conta é possível destruir o que incomoda, sejam pessoas ou situações, e reconstruí-los novamente, colocando-se no mundo externo a própria realidade interna, sem danos e culpas inadequadas; para dominar as suas angústias e os seus medos provenientes de fantasias mescladas, muitas vezes com a realidade; para trabalhar sua natural agressividade, de forma tranquila e segura, separa, estabelecer e desenvolver a sociabilidade; para aumentar suas experiências e aprender o que é, e que não é permitido ,podendo tentar de novo, sem críticas destrutivas; para promover sua criatividade e favorecer sua personalidade no futuro.
         "O lúdico na educação infantil traz em si as potencialidades que irão se desenvolver na vida adulta"... Nos jogos de faz de conta, as crianças se interagem com os personagens, simulando novas experiências, inventando papéis, imitando situações, ligando fatos e reproduzindo os comportamentos dos adultos. Na tentativa de aprender a linguagem dos adultos, recorre ao jogo imaginário, imitando papéis sociais. Repete frases com inflexões dos pais, e pessoas próximas a elas. Esse esforço para representar estimula a descoberta de um mundo de novos conhecimentos um vocabulário rico e uma assimilação crítica da realidade.
 
          À medida que a criança utiliza-se da brincadeira, do lúdico, ela interage com o outro, com o objeto e consigo mesma, desenvolvendo a linguagem, função esta que organiza todos os processos mentais da criança, dando forma ao pensamento. Com o desenvolvimento da capacidade simbólica do pensamento, o jogo simbólico, o faz de conta, pode ser considerada a atividade principal da criança, pois, através dele, ela faz acomodações, avança em suas condições de pensamento.
          De acordo com Piaget, "os jogos e as atividades lúdicas tornam-se mais significativas à medida que a criança se desenvolve; com a manipulação de materiais variados ela passa a reconstruir, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa".
         É através das atividades no brincar que a criança alcança a liberdade de traduzir e utiliza sua personalidade integral e é somente sendo criativo que o ser humano descobre o eu. Brincando e jogando a criança expressa toda a sua espontaneidade. A criança que brinca experimenta, constrói com as brincadeiras, aprende a dominar sentimentos de angústia, a conhecer seu corpo, a fazer representações do exterior e progressivamente a agir sobre ele, controlando seus próprios limites.
          Portando, o brincar desperta, constrói algo além do divertimento, entretenimento ou descarga de energia. Representa fonte de conhecimento, aprendizado, de satisfação e um acesso ao imaginário.
 
 
 
 
 

REFERÊNCIAS

VYGOTSKY, LEV SEMIONOVICH, Ivan Ivic. Coleção Educadora do MEC. em 2010: editora Massangana da fundação Joaquim Nabuco
ASSOCIAÇAÕ BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referencia-elaboração. Rio Janeiro 2000.
FREIRE, Paulo; da Autonomia: saberes necessário para educar á pratica educativo /-São Paulo. Paz e Terra, 1996(coleção Leitura).
 

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